Me dói não ser a estrela tão brilhante que você imaginava. Nem muito menos poder assumir o cargo de pequena luz.
Me dói nem saber como te falar isso, porque eu cansei de machucar seus olhos, seu coração. Me dói te dar um abraço não-espontâneo, sempre tão pensado, sempre tão calculista e medroso.
Eu não te peço mais nada, eu não te peço nem mais teu sorriso, sempre tão sincero para comigo. Eu não te peço nem tua compreensão, acho que esgotei o meu estoque.
Mas se precisar de mim, sabe aonde encontrar, não garanto que eu esteja te aguardando, nem que eu seja a mesma, com o mesmo brilho no olhar ou corajosa com palavras. Mas o carinho vai ser sempre ingênuo...

Me dói não dizer o que você gostaria de ouvir, me dói ainda mais saber que não posso te fazer feliz.

Ele está em inércia, em estado de decomposição.
O que te tira daqui são imagens, às vezes pessoas. Nunca teve tantas promessas quebradas, nunca se sentiu tão distante, como um vagalume acendendo sua pequena luz apenas por necessidade,sem nem saber o que ilumina.
Quem está digitando? Eu não saberia dizer. Mas ele está tão fora de si, que o que digita não é ele, o que faz, não é ele. E as grades se fecham, em torno de seu coração,que achava que entendia de amor, de laços paternos e de ídolos.
O que acontece quando seus grandes ídolos morrem? O que acontece quando a única firme ligação de esperança e identidade pessoal se apaga?


Eu estou em inércia.

Eu só queria entender.
E eu nem sei do que se tratam suas palavras. Aliás, nem as minhas, eu entendo de fato.

Até onde eu fui? Até onde eu não fui? Sempre quis mostrar tanto e sempre ocultei tanto. Como desenhos nas nuvéns,
eu me dissolvi em pensamentos e afinal, ainda me conhece tão pouco. Só queria dizer que eu sou mais que olhos fechados, eu sou mais que um coração acelerado ou um instante parado. Eu sou mais que tudo isso.
Mas, sobretudo, eu sou bem menos que um sentimento partido.

Só me dói não saber. Aonde eu me perdi naquelas linhas de horizonte?

Uma música ainda me lembra... Deixo ela guardada numa caixinha de jóias, bem cuidada, bem limpada.

com todo o Respeito.

O céu vermelho,você conhece?
é um céu pra quem sabe das cores,primárias,secundárias,terciárias...
uma arte aos olhos.
terciária era a luz que eu queria quando não quis nada.
aquela que brilhava quando eu acordava e logo sumia quando meu dia começava.
aquela que não me dizia nada e que eu via,quando sabia o que era me encantar!

secundária era a luz que eu via quando o sol começava a se pôr e nele meus sonhos adormeciam.
aquela era a luz dos experimentos,descobertas,tentativas,e comodismo com a idéia de felicidade.
aquela era a luz de um feixei de luz.a luz de um arco íris sem potes de ouro.

primária era a luz da correnteza,da dança,do novo,do anoitecer.
aquela era a luz do firmamento,das idéias concretas,do gosto maduro e do muito,do viver intenso.
aquela é esta.esta é a luz que sigo,onde meu coração é azul,vermelho e amarelo e tudo que quero são luzes complementares,completamentando meu imenso desejo de vida.

Como um dia sem fim ...
Como uma historia mal contada,mal acabada...
Como um sorriso disfarçado...
Como uma tarefa sem experiência ...
Como começar do final...

Mas o que está embaixo um dia pode subir
Mas olhos tão vermelhos,meus, não choram mais.
Mas o cansaço supera a angústia.

Como um caminho traçado sem rumo...
Como um coração tão vazio quanto uma noite de silêncio.


Mas uma face machucada não faz diferença,mas tantos medos nunca vencidos,nunca fazem diferença.

E quem poderia entender , algo que começou há tanto tempo.Dias,meses,anos.