Suas asas são tão fracas que não suportam teu próprio peso. E nem teu percursso é calculado, já que tua trilha é totalmente perdida. Eu prefiriria acreditar que teu ninho foi feito por ti e que tuas prioridades eram maior que tua vaidade em demonstrar um vôo pleno e orgulhoso.
Teu canto, algo que sempre admirei, e sempre defendi, apesar de todos os pesares, agora se faz tão agudo que deixa meus ouvidos irritados e minha visão tão nublada. E eu, que sempre quis voar perto de ti, por pura afinidade.
Laços já tão desfiados, tão rompidos. Ver teus olhos era como entrar em casa.
Voa , voa pra bem longe.


Seus olhos tão masculinos queimam em faíscas,
sugam toda a energia que resta nela
e ainda dominam os seus dois pequenos vagalumes, já tão cheios de insônia carregada.

Seus
dedos pesados tão rudes acendiam aquele cigarro,
lhe chamando com aquele fogo que a repercurtia no corpo inteiro.
Como que atendendo meus pensamentos, os dedos a tocam e a repele e, como mais um instante expressivo de todo um romance, ele a beija, soprando toda a fumaça dentro.